Como o próprio nome diz, o Palácio de Queluz fica em
Queluz, bem próximo a Sintra (confira outros lugares incríveis nessa região
AQUI) . São uns 10 a 15 minutos de caminhada da estação de
comboio, bem fácil de chegar.
Todo o conjunto é muito bonito. São mais ou
menos 19 salas, todas muito decoradas, além do belo jardim. Como tem muita coisa pra ver, reserve um bom tempo
para esse passeio.
O palácio é do século XVIII e foi construído como
um recanto de verão para D. Pedro de Bragança e sua esposa, a rainha
D. Maria I de Portugal.
Era um Palácio muito lúdico, cheio de atividades de
recreio e festas.
Por aqui passaram três gerações da família real.
Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794 (que na verdade eram tendas onde a família
real passou a morar após o terremoto, com medo de um novo), o Palácio de Queluz
tornou-se a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI, e de sua família. Permaneceu assim até a fuga da família real para o Brasil em 1807, devido
à invasão
francesa de Portugal. Um Palácio cheio de história!
As várias pinturas ajudam a imaginarmos como era a
vida naquela época, como as pessoas se vestiam, quais eram seus hábitos. Somos
mesmo transportados no tempo.
Capela.
O órgão estava em restauração quando fomos visitar.
Achei
muito fofo o bercinho
Muitas das peças de porcelana foram para o Brasil na
época do exílio da família real e voltaram. Algumas são personalizadas com o
brasão. Tem uma exposição das louças e pratarias, mas não fotografei.
Inclusive tem uma sala toda dedicada ao chocolate, que
mostra o novo hábito introduzido no século XVIII pela península Ibérica, vinda
dos Astecas e trazida pelos conquistadores espanhóis.
Este era o quarto principal da casa. Era aqui onde
nasciam os herdeiros. Inclusive Dom Pedro I, nosso imperador do Brasil, que
nasceu em 1798 e morreu no mesmo aposento. Aqui em Portugal é conhecido como Dom Pedro
IV.
Depois da aquisição da quinta, a construção do
Palácio iniciou-se em 1747. Após a morte de Don Pedro IV, deixou de ser o predileto pelos soberanos portugueses. Em 1908, tornou-se
propriedade do Estado. E 1934 sofreu um grande incêndio, o qual destruiu o seu
interior que foi totalmente restaurado, por isso o que vemos hoje no seu
interior, pinturas das paredes, estruturas, etc, não é o original.
Passando à parte externa, igualmente grandiosa, o rio
Jamor passa nos jardins do palácio pelo Canal dos Azulejos, com
cerca de 130 metros de comprimento. Quando as comportas do canal eram fechadas,
criava-se um plano de água onde era possível passear de barco entre paredes
azulejadas, com representações de portos, palácios e outros temas.
Também havia um Jardim Botânico que estava em obras quando
visitamos.
Outra curiosidade é que até animais exóticos
eram mantidos em jaulas como exibição no jardim.
Cascata
O
jardim é repleto de estátuas de chumbo vindas de Londres, que provavelmente
eram pintadas de branco para imitar pedra, ou dourada, e as de mármore vindas
de Itália. Todas essas encomendas foram possíveis, pois a irmã de Dom Pedro de
Bragança morreu sem deixar herdeiros, então ele tinha muitos recursos para
investir no Palácio.
O valor do ingresso é de 10 euros por pessoa. Também tem a opção
dos fones, podendo fazer uma visita explicativa e em outras línguas pra quem
for estrangeiro, mas não sei qual o valor adicional.
Durante o percurso tem plaquinhas em todos os cômodos
explicando o que é e cada móvel ou peça que se encontra no ambiente, mas se
quiser ficar mais por dentro da história é bom reservar uma visita guiada.
Gostaram desse passeio? Já conheciam o Palácio de
Queluz?
Vale a pena a visita, eu amei!
“Aquietai-vos e sabei que eu sou
Deus;” Salmos 46:10a
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