Conhecendo Portugal: Palácio Marques de Pombal


Não sabia da existência desse lugar e achei incrível pela história e também porque é um passeio totalmente gratuito, pelo menos por enquanto! Aproveitei a vinda do meu irmão pra Portugal e fomos conhecer.


O Palácio do Marques de Pombal fica localizado no centro histórico de Oeiras, Lisboa. Foi residência de Sebastião José de Carvalho e Melo também conhecido por Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, de onde derivou o nome do edifício. Sua construção decorre durante o século XVIII. Além de espaços para o lazer da família, tinham como fonte de rendimento uma área de exploração agrícola, onde produzia-se azeite, vinho, frutas e cereais, graças aos terrenos férteis dessa região. Durante o passeio encontramos limoeiros, videiras e bananeiras, é muito gostoso explorar o jardim.



Sebastião José de Carvalho e Melo foi o primeiro Marques de Pombal e ficou muito conhecido por ajudar na reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755. Viveu num período da história marcado pelo iluminismo e iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, econômicas e sociais. 

Apesar do berço nobre, a família não possuía grandes quantias de dinheiro. A casa que hoje visitamos foi herdada após a morte da primeira esposa. Viveu um tempo no estrangeiro e foi em Viena que encontrou sua segunda esposa com quem teve 7 filhos.

A arte dentro do Palácio é rica em detalhes. Os tetos sempre decorados, cada cômodo em uma temática diferente.



O que parece mármore e madeira maciça na verdade é pintura feita em estuque. Muito mais viável , devido a crise que se instalou após o terremoto, já que esse material era leve e barato.

Vista da Capela

E Sala das Tribunas, de onde podia-se assistir as celebrações religiosas sem sair do palácio.
Em uma das salas poderão ver essa pintura com seus irmãos Francisco Xavier de Mendonça e Paulo de Carvalho. Os braços entrelaçados formando o símbolo do infinito simbolizando a união entre exército, religião e política.
A água circulava pela casa, daí vermos lavabos e tanques que revelam novos hábitos de higiene para a época.

Os painéis de azulejo também estão presentes em praticamente todos os cômodos da casa e também no jardim. Representam composições variadas geralmente de acordo com o ambiente representando cenas do cotidiano da época e também temas mitológicos.

Fonte das quatro estações e ao fundo fica a adega e lagar que não estavam abertos para visita, infelizmente.


Com o ínicio da água canalisada e também para que a esposa se sentisse mais em casa, a Cascata dos Poetas é um destaque no jardim com influência italiana. É chamada assim graças aos 4 bustos dos poetas Homero, Vírgilio, camões  e Tasso. No centro uma figura alegórica ao rio Tejo inspirado nos que existiam nos jardins renascentistas do Vaticano. As esculturas são de mármore e vieram diretamente da Itália.

Ribeira
Fonte dos embrechados inspirado nos mosaicos romanos que ornavam fontes e casas. Conchas, pedras, pedaços de louça e vidro formam uma decoração rococó onde sobressaem as iniciais L e S – Leonor e Sebastião – numa homenagem ao casal desta casa.
Fizemos a visita guiada no sábado de manhã e foi totalmente gratuito. Basta ir na Loja do Palácio logo na entrada.

Diferente dos outros Palácios, esse não é mobiliado e não está aberto em sua totalidade para visita, mas vale a pena conhecer.

“Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se e grande em misericórdia.
O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias permeiam todas as suas obras.
Salmos 145:8-9

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